All-in no Poker - Definição 

Descubra o significado do termo "All-in” no poker. Iremos também verificar quando é correto arriscar todas as suas fichas.

  • O que é o All-in?
  • Explicação
  • Aplicação de Estratégia
  • Linhas de orientação
  • All-ins e as mãos mais loucas no Poker
  • Conclusão

 

O que é o All-in?

All-in ? All-in é um aposta que se faz onde todas as fichas vão a jogo ao colocá-las no pote.

Exemplo de utilização ? “Tinha uma mao forte por isso decidi fazer all-in por cima da aposta dele”

Explicação

Apesar de ir “all-in poker” e as fichas serem colocadas no centro, tal não significa necessariamente que estas estejam todas em risco. O montante exato de fichas a ser apostado será definido pelo tamanho das stacks. Por exemplo:

Jogador A e Jogador B, ambos vão all-in no flop.
Jogador A tem $50 enquanto que o Jogador B tem $100.

Apesar do jogador B ter colocado os seus $100 no centro, só está a arriscar $50 do seu stack porque é este o montante que o jogador A consegue cobrir. Apesar de podermos descrever o jogador B como “all-in”, tal não significa que o seu stack por inteiro esteja em risco neste caso. Ir all-in não indica necessariamente quem é o agressor, pois tanto é possível subir para all-in como fazer call ao all-in. Irá constatar muitas situações idênticas em 888 poker Portugal em diversos jogos de holdem.

 

Aplicação de Estratégia

Uma questão habitualmente colocada em Portugal é “com que mãos devemos ir all-in no poker?” Existe um problema com a questão; esta é um pouco genérica. Estas decisões dependem dum vasto número de variáveis. No entanto, é ainda assim possível aceitar algumas generalizações sobre se ir all-in é certo ou não..

No papel de Caller

Conceptualizar quando efetuar o call numa aposta all-in do seu adversário é algo bem simples assim que as variáveis mais notórias sejam conhecidas. A mais-valia vem quando se é capaz de uma estimativa precisa sobre essas tais variáveis. Fazer ou não fazer call numa aposta all-in do seu adversário é simplesmente uma consequência direta das probabilidades do pote que temos e o montante da equidade que temos do pote.

Exemplo

Encontram-se $100 no centro durante o river. O seu adversário observa as cartas e entra com tudo em all-in nos últimos $50. É expectável ganhar esta mão 30% das vezes ao fazer call. Seria então lucrativo o call aqui?

Um principiante poderá assumir que esse call seria uma jogada para perder. Afinal de contas, 70% das vezes após efetuar o call, acabamos por perder todo o pote. No entanto, visto que já existe $100 no pote, não precisamos necessariamente ser favoritos ao call para se estar matematicamente correto. Desde que ganhemos mais de 25% das vezes, fazer call será sempre uma opção com mais lucro do que desistir. Para mais informações como tais cálculos podem ser feitos, consulte a entrada de glossário pot-odds.

 

Como Agressor

A decisão de seguir para all-in como agressor no jogos de poker  é significativamente mais diferenciada e recai em variáveis extra. Como caller, precisamos somente nos preocupar sobre a equidade do pote. Como agressor, é uma combinação de equidade do pote (ao receber call) e equidade do fold (a frequência com que o nosso adversário desiste) que determina a expectativa (valor esperado) dum all-in. (Note que tal não significa que podemos simplesmente adicionar a equidade do pote e de desistência juntas, como algumas fontes de estratégia tão erradamente assim o sugerem).

Em género de resumo, quanto maior equidade de pote e de desistência tivermos, mais provável a possibilidade do all-in ser a melhor jogada. A relação exata entre a equidade de fold, pote e expectativa pode ser determinada ao executar um cálculo de valor esperado. Para mais informações sobre isto, consulte a entrada de glossário sobre o valor esperado.

Não é necessário ter ambas as equidades (fold e pote), desde que uma das duas variáveis seja suficientemente alta. Por exemplo, se tivermos mais de 50% de equidade contra o alcance do call do adversário aquando do all-in, o nosso all-in apresentará lucro com zero equidade no fold (muitas vezes referido como “valor da aposta”). De modo similar, se o seu adversário está a desistir acima duma certa frequência (referida como "break-even threshold”), o nosso all-in apresentará lucro independentemente de termos qualquer equidade de pote aquando do call (muitas vezes referido como bluff). O break-even point em todos os bluffs all-in está relacionado com a dimensão da aposta utilizada.

Exemplo
Há $100 no centro, durante o river, e fazemos all-in nos nossos últimos $50. Que frequência precisa o nosso bluff para gerar lucro?

All-in

Visto que este é o cenário do river, podemos assumir com segurança que, se o nosso adversário fizer call, ele tem sempre a melhor mão. Por outras palavras, podemos pensar nisso como uma situação em que temos zero equidade de fold.

Os principiantes podem imaginar que precisamos ganhar mais de 50% para que o nosso bluff seja lucrativo. Afinal, se o nosso bluff falhar a maioria das vezes, qual é o objetivo? Mais uma vez, temos de nos lembrar que a quantia que potencialmente podemos ganhar com o nosso bluff é significativamente maior que a quantia que arriscamos ao fazê-lo. No exemplo acima, estamos a investir 33% do pote total (US $50 de $150), o que significa que, se o nosso bluff for bem sucedido em mais de 33% das vezes, o bluff gera um valor esperado mais alto do que o fold..

Linhas de orientação

Depois de jogar num formato específico por um período de tempo, os jogadores começam a desenvolver uma "sensação" de como deviam receber as fichas. Essas decisões all-in serão avaliadas ao considerar variáveis como as seguintes:
- Stacks eficazes. (Controle melhor as fichas quando os stacks são mais limitados).
- O tipo de adversário que enfrenta. (Cuidado ao fazer call em all-ins de jogadores tight, etc).
- A relação Stack / Pote. (Quanto mais dinheiro comprometemos nas rondas de apostas iniciais, menor a probabilidade de desistir nas rondas posteriores).
- Considerações sobre ICM (ao jogar MTTs ou SNGs).

Por exemplo, ao jogar NLHE, raramente é considerado correto desistir de uma mão do tipo par de topo quando se joga stacks eficientes de 25bb ou menos.

 

All-ins e as mãos mais loucas no Poker

As regras do All-in estão nas mãos de cada jogador a todos os momentos da rodada de poker e como já vimos podem ser uma estratégia de forca, intimidação, mas também de desespero para quem a causa está perdida e só tem um all-in para recuperar em posição. Em todos os torneios do mundo tem havido all-ins históricas que nos deixaram boquiabertos, momentos em que os jogadores pedem aos deuses do poker o momento “One Time”, em que contra todas as probabilidades o jogo vira e lhes dá a vitória com a mão de poker mais improvável.

Num dos jogos mais difíceis de todo o mundo, no tão aclamado Word Series of Poker (o nosso WSOP), tivemos um all-in absolutamente épico que ficaria para a história como um dos mais infames Torneios de $10,000 No Limit Hold’em 6-max. Na mesma mesa tínhamos reunidos três nomes incontornáveis que haviam chegado a um momento fulcral, uma final table com Justin Bonomo, Martin Kozlov e Davidi Kitai em que todos queriam levar para casa a bracelete mais cobiçada do mundo! Um frente a frente sem igual, Bonomo segurava 9-9, Kitai tinha 6-6 e ambos all-in, a que se juntou Kozlov com Q-Q que explodiu no flop com Q-Q-7 esmagando qualquer hipótese para os seus adversários. Num passe de mágica digna do WSOP vimos três jogadores all-in num momento de pares improváveis que declarou Martin Kozlov o absoluto vencedor.

 

 

Conclusão

Esperamos assim que tenha compreendido as mais relevantes nuances do all-in no Poker, a sua importância no jogo efetivo, mas também na carga psicológica que é aportada a cada jogada. O coração a bater mais forte, o silêncio antes da tempestade, os nervos à flor da pele numa emoção que dura alguns segundos mas resume a gratidão e ingratidão da sorte ao toque do flop, river e turn.

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